O politicamente correto, uma ferramenta covarde para censura, há muito rasteja pela sociedade, silenciando vozes honestas sob o pretexto de sensibilidade e “proteção às minorias”. Sua queda em 2025, desencadeada pela acachapante vitória de Donald Trump em novembro de 2024, é motivo de celebração. Desde a América corporativa abandonando programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) até a Suprema Corte americana desmantelando políticas baseadas em identidade, os Estados Unidos estão se libertando dessa cobra sempre à espreita do bote fatal.
Após o assassinato de George Floyd, em 2020, empresas americanas adotaram o DEI com entusiasmo, prometendo bilhões para diversificar equipes, promover negócios de minorias e impor linguagem inclusiva. Para muitos, essas iniciativas eram uma camisa de força, priorizando identidade em vez de mérito e sufocando o diálogo aberto.
Em 2025, as ordens executivas de Trump em janeiro, que rotularam o DEI como “discriminatório”, desencadearam uma debandada corporativa desses programas. O tsunami republicano que varreu os Estados Unidos em 2024 com a eleição de Trump deu fôlego à sagrada e sufocada liberdade de expressão. Reações públicas nas redes sociais e ações judiciais alegando “discriminação reversa” amplificaram a volta ao bom senso. Grandes empresas estão, em rápida velocidade, cortando os laços com a política discriminatória da agenda do politicamente correto.

- Target: o gigante do varejo, com quase 2 mil lojas, eliminou sua estratégia “Pertencimento no Alvo”, que focava a ascensão de funcionários negros e parcerias com negócios de propriedade negra. Metas de contratação e diversidade de fornecedores baseadas em DEI foram descartadas, e a Target saiu do Índice de Igualdade Corporativa da Human Rights Campaign (HRC).
- Walmart: o maior varejista do mundo acabou com seu centro de equidade racial, lançado em 2020, e parou de usar raça e gênero para contratos com fornecedores. Também deixou o índice da HRC e agora bloqueia produtos como faixas peitorais para menores LGBTQ+ em seu mercado on-line, alinhando-se a valores conservadores.
- McDonald’s: a rede de fast-food abandonou metas de diversidade para liderança e renomeou sua equipe de DEI como “Equipe Global de Inclusão”.
- Amazon: em 2024, o relatório anual da Amazon eliminou referências à diversidade e inclusão, ao contrário do relatório de 2023. A empresa está eliminando programas DEI “ultraados”.
- Meta: a controladora do Facebook e Instagram acabou com contratações e treinamentos baseados em DEI, citando um “cenário jurídico alterado”.
- Boeing: em novembro de 2024, a Boeing desmantelou sua equipe de DEI, com a vice-presidente de DEI, Sara Bowen, deixando a empresa.
- Google: como contratado federal, o Google abandonou metas de contratação por diversidade para cumprir decisões judiciais e ordens de Trump.
- Tractor Supply: em junho de 2024, o varejista encerrou programas para promover pessoas de cor em cargos de gerência e parou de enviar dados de diversidade ao índice da HRC.

Esses são apenas alguns rápidos exemplos. Empresas como Ford, Goldman Sachs e JPMorgan Chase também enfrentam pressão para abandonar o DEI. A rejeição corporativa ao DEI é um claro desafio ao politicamente correto que outrora amordaçava o pensamento livre.
E a Suprema Corte dos Estados Unidos está destruindo os restos do politicamente correto. Nesta semana, decisões mostraram que o politicamente correto não será a mão covarde que sufoca a Constituição americana.
Na quinta-feira, o tribunal decidiu por unanimidade que membros de grupos majoritários não enfrentam um padrão legal mais elevado do que as minorias para prevalecerem nas chamadas ações judiciais de discriminação reversa e decidiram a favor de uma mulher que alegou que seus chefes a discriminaram por ser heterossexual.
Outro caso abordou alegações de racismo contra indivíduos brancos, desafiando a ideia de que apenas minorias enfrentam discriminação. Construído sobre a decisão de 2023 contra ações afirmativas baseadas em raça em issões universitárias, o caso sinaliza uma mudança para sistemas baseados em mérito.

A decisão, escrita pela juíza negra Ketanji Brown Jackson, indicada por Joe Biden, ocorre em um momento em que o presidente Donald Trump busca implementar as leis e agências de direitos civis do país para combater o que ele considera discriminação contra pessoas brancas e outros grupos majoritários. A decisão pode facilitar que homens e pessoas brancas processem seus empregadores por discriminação no trabalho. A Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego, agora sob influência de Trump, está priorizando reivindicações de “discriminação reversa”, investigando casos em que trabalhadores brancos alegam tratamento injusto sob o DEI. Essas decisões libertam os americanos para falar e trabalhar sem medo de armadilhas ideológicas, desmantelando a cultura de silêncio imposta pelo politicamente correto.
Enquanto os EUA se libertam, o Brasil afunda na censura. Nesta semana, o comediante Leo Lins foi condenado a oito anos de prisão por piadas consideradas “discurso de ódio” contra minorias em um show de 2022. E tudo pode ficar pior ainda. A ditadura do pensamento disfarçada de proteção segue seu curso em páginas ameaçadoras com o Supremo Tribunal Federal do Brasil debatendo mudanças no artigo 19 do Marco Civil da Internet, uma lei de 2014 que protege a liberdade de expressão por meio da exigência de ordens judiciais para remoção de conteúdo.
O ministro Alexandre de Moraes está pressionando para responsabilizar plataformas por conteúdo “ofensivo” sem supervisão judicial, uma medida que críticos dizem que permitirá censura prévia. O efeito será intimidador, e o desfecho já sabemos — apenas um lado do espectro político-ideológico será calado. A proibição do X no Brasil em 2024 por Moraes, depois que a plataforma se recusou a remover contas de direita, já deu o tom e levantou alarmes. Coincidindo com as eleições de 2026, esse debate cheira a abuso judicial e ameaça estrangular a liberdade de expressão.
Lições dos gulags
A sentença à prisão de um comediante no Brasil e a pressão do Supremo Tribunal Federal para enfraquecer as proteções à liberdade de expressão mostram o que está em jogo. Os perigos do politicamente correto não são novos. A história oferece um alerta sombrio: regimes totalitários usaram táticas semelhantes ao encarcerar dissidentes em gulags por palavras “incorretas”.
Na União Soviética, dos anos 1920 a meados de 1950, o regime comunista usava ideologia “correta” para silenciar dissidentes. Aqueles que falavam contra a linha do sistema — por críticas, humor ou até cartas privadas — enfrentavam prisão em gulags, campos de trabalho brutais onde milhões morreram. Escritores como Aleksandr Solzhenitsyn, cujo livro O Arquipélago Gulag expôs esses horrores, foram presos por “agitação antisoviética”. Uma única palavra “incorreta” podia significar anos de trabalho forçado ou morte.

Não se tratava apenas de punir ações; era sobre controlar o pensamento. O Estado soviético exigia conformidade e rotulava a dissidência como traição ao bem coletivo. O politicamente correto de hoje, com sua humilhação social e cancelamentos que destroem carreiras, ecoa essa mentalidade. A prisão de comediantes no Brasil e a pressão para reescrever o artigo 19 carregam o mesmo fedor de controle ideológico. Primeiro te cancelam, depois te prendem. Os gulags nos lembram: quando a fala é policiada, a liberdade morre.
Os EUA em 2025 são um farol de esperança contra a cobra vil do politicamente correto. A rejeição corporativa ao DEI, impulsionada por pressão legal e pública, restaura o mérito sobre a identidade. As decisões da Suprema Corte estão destruindo a agenda woke e libertando os cidadãos do discurso do medo. A descida do Brasil à censura, desde a prisão de comediantes até a erosão do artigo 19, mostra a alternativa: um mundo onde palavras te colocam atrás das grades. Os gulags soviéticos, onde dissidentes foram esmagados por sua fala, pairam como um paralelo sombrio. A trajetória do Brasil alerta para o risco de o politicamente correto se transformar em tirania estatal. Os Estados Unidos devem se manter firmes, garantindo que esse triunfo sobre a censura acenda uma chama duradoura para a liberdade de expressão no mundo.

Hoje, 6 de junho de 2025, celebramos o 81º aniversário do Dia D, quando, em 1944, heróis aliados desembarcaram nas praias da Normandia e enfrentaram uma tempestade de balas para derrotar a tirania nazista. Aqueles jovens soldados, com coragem inabalável, escalaram falésias sob fogo inimigo e sacrificaram tudo por um ideal eterno: a liberdade.
Eles lutaram não apenas por terras, mas pelo direito de viver, pensar e falar sem correntes. A liberdade de expressão, que hoje defendemos contra a cobra vil do politicamente correto, foi forjada no sangue derramado em Omaha, Utah, Juno, Gold e Sword. Cada onda que quebrava naquelas praias carregava a promessa de um mundo onde a verdade não seria silenciada.
Honramos esses guerreiros, cuja bravura ecoa em nossa luta atual contra a censura, reacendendo a chama da liberdade que eles acenderam. Que seus sacrifícios inspirem gerações a erguerem suas vozes, livres e destemidas, contra qualquer tirania que ouse calá-las.
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Brilhante
Ótimo artigo, Ana.
Ana, seu texto é um farol de esperança! Espero que esse entendimento sobre o fim do DEI chegue ao Brasil. E que possamos ter a coragem dos heróis do Dia D para enfrentar os dias de tormentas. Unidos venceremos! Sou seu aluno da segunda turma de Política Americana e adorei a aula sobre o Dia D, vou revê-la ainda nessa semana.
Se George Orwell ainda estivesse vivo, como ele descreveria o “politicamente correto” imposto pela esquerda e como ele interpretaria o nosso STF sob a regência absoluta de uma toga? Como definiria o consórcio STF/e o ‘tirado da cadeia’? O que diria sobre o dito “Golpe” do 8 de janeiro? Enfim, que parecer emitiria sobre do dito “Regramento das Redes Sociais” palavras eufemizadas para suavizar o afundamento da Nação na censura. Ele simplesmente reproduziria trechos de seu livro “1984”. ‘O Ministério da Verdade’ tinha a missão de contar mentiras construídas laboriosamente para serem as verdades oficiais e quem as contestasse seria preso pela Polícia das Ideias. A, hoje, as sentenças aos acusados está amparadas pela Minuta do Golpe, uma peça inível e sob sigiloso absoluto (embora irreal, embora inventada). Tem mais. Sempre dizer-se ético, ser defensor do politicamente correto, combatente ativo contra as fake news, salvar a democracia e punir exemplarmente todos os “golpistas” que atentaram contra o Estado Democrático de Direito. Os meios não importam, importam os resultados, dizia Maquiavel. Para o stalinismo local Importa fazer triunfar a narrativa do “golpe” com o soterramento dos golpistas nos gulags tuniniquins para emudecer a todos os que ousam criticar o sistema da “Nova Justiça Instituída”, que salvou o Brasil do fascismo, conforme as togas palestrantes. Não dá para tapar o sol com uma peneira para encobrir a avidez que o “Ministério da Verdade Absoluta Brazuca” se lança de corpo e alma para concretizar a censura no Brasil, onde até uma piada dá oito ou um batom 14 anos de cadeia.
Corrigindo Vitiligo. O importante é o estado promover a liberdade e a isenção para que o povo se desenvolva e vá concorrer com suas melhoras
Essa esquerda idiota tem mania de dizer igualdade social, que imbecilidade ninguém é igual a ninguém nem gêmeos vitiliguio,cada cabeça é um univeverso
Parabéns pelo excelente artigo, Ana Paula. O significado da liberdade de expressão é amplo e ir.
Investigue, mas o floyd não foi morto, caiu de overdose.
Excelente texto Ana! Só faltou mencionar os dois maiores e mais importantes feitos na luta pela liberdade , empreendida pelos brasileiros na II Guerra nas batalhas de Montese e Monte Castelo, conquistas da FEB em solo italiano. Abraços
Excelente texto Ana! Só faltou mencionar os dois maiores e mais importantes feitos na luta pela liberdade , empreendida pelos brasileiros na II Guerra nas batalhas de Montese e Monte Castelo, conquistas da FEB em solo italiano. Abraços