O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu publicamente à prescrição de um processo contra o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) e levantou dúvidas sobre a atuação do Judiciário brasileiro.
Em uma publicação feita nesta quarta-feira, 23, Bolsonaro comparou o caso à invasão das sedes dos Três Poderes nos atos do 8 de janeiro de 2023 — evento pelo qual seus apoiadores vêm sendo duramente punidos.
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A provocação partiu de uma manchete publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, datada de 11 de setembro de 2024.
A reportagem revela que a Justiça não localizou Boulos por seis anos. Acima de tudo, a demora levou à extinção de um processo sobre dano ao patrimônio público ocorrido durante protestos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Boulos fora do alcance da Justiça por seis anos
Segundo a Folha, a citação judicial não foi efetivada até 2022, quando o caso prescreveu. O promotor responsável pela ação demonstrou frustração diante da “falha” em localizar o parlamentar, que à época já era uma figura pública nacional.
Em contrapartida, Boulos nega que tenha tentado fugir e afirma que jamais recebeu qualquer condenação. Nas redes sociais, Bolsonaro ironizou a situação.
“Isso não se encaixa em golpe de Estado?”, disse o ex-presidente. “A Justiça não o encontrou porque ele foi líder do MTST ou foi apenas mais uma coincidência?”
Enquanto processo de Boulos prescreve, Moraes intima Bolsonaro na UTI
A crítica à atuação judicial veio no mesmo dia em que Bolsonaro foi alvo de mais uma intimação. O texto, encaminhado pelo Supremo Tribunal Federal, convoca o político para apresentar defesa no processo que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado.
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A oficial de Justiça Cristiane Aparecida Ventura entregou a intimação e devolveu a ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. O magistrado classificou a ordem como “urgente”. Como resultado, Cristiane informou ter encontrado o ex-presidente na Unidade de Terapia Intensiva do DF Star.
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