O ataque israelense contra o Irã, na noite desta quinta-feira, 12, atingiu a instalação de enriquecimento de urânio de Natanz. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), o bombardeio causou danos significativos à estrutura subterrânea do local e destruiu
Os militares afirmam que a ação destruiu o setor que abrigava “um salão de enriquecimento de múltiplos níveis com centrífugas, salas elétricas e outras infraestruturas de apoio”. O alvo também incluía “infraestruturas críticas que permitiam o funcionamento contínuo e o avanço do projeto de armas nucleares do regime iraniano”.
De acordo com o IDF, Natanz é a maior instalação de enriquecimento de urânio do Irã e “tem trabalhado há anos para o desenvolvimento de armas nucleares”, com “infraestrutura necessária para enriquecimento em nível militar”.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram fortes explosões no local, que também conta com uma planta piloto de enriquecimento acima do solo. O governo de Israel declarou ter realizado um “ataque preciso e preventivo” diante de uma ameaça iminente e decretou estado de emergência, temendo retaliações.

O Irã segue enriquecendo urânio a até 60% de pureza em sua planta piloto, perto do limite de 90% necessário para armas nucleares. No entanto, a produção em Fordo é maior. A instalação no local é a mais bem protegida de todas, pois fica a uma profundidade de 800 metros, sob as montanhas nas proximidades da cidade de Qom.
Irã minimiza impacto do bombardeio
A Organização de Energia Atômica do Irã confirmou danos em partes da instalação, mas afirmou que não houve aumento nos níveis de radiação ou contaminação química. Segundo autoridades locais citadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), a usina nuclear de Bushehr, no sul do Irã, não foi atingida.
O diretor da IAEA, Rafael Grossi, afirmou que os centros nucleares de Fordo e Isfahan também não sofreram ataques. Ele declarou estar disposto a visitar o Irã para avaliar a situação.
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“Conclamo todas as partes a exercer máxima contenção para evitar uma escalada”, disse Grossi. “Reitero que qualquer ação militar que comprometa a segurança das instalações nucleares pode ter consequências graves para o Irã, a região e o mundo.”
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